25 maio 2010

Durabilidade de Tirantes Permanentes


Em novembro de 2002, portanto já a oito anos, a Associação Brasileira de Empresas de Engenharia de Fundações e Geotecnia , preocupada com o tema, promoveu, no Instituto de Engenharia de São Paulo, o simpósio “DURABILIDADE DE TIRANTES PERMANENTES”, com a finalidade de alertar os proprietários de obras atirantadas  quanto a sua responsabilidade pela segurança de tais estruturas em todas as suas fases. 
           
No evento concluiu-se que desde a construção da obra atirantada, serviço e seu eventual abandono, os responsáveis deverão responder pelas conseqüências de incidentes e acidentes, devendo promover, portanto, com regularidade, o levantamento de dados sobre as diversas manifestações patológicas que possam ocorrer (ou estar ocorrendo) nessas obras.


Todo esse levantamento deve ser feito para que, sobre aquelas consideradas mais críticas, se pratique um trabalho de intervenção. É fato que os problemas patológicos em tirantes apresentam manifestação externa característica: a partir desta constatação pode-se deduzir qual a natureza, a origem e os mecanismos dos fenômenos envolvidos, estimando suas prováveis conseqüências. Evidentemente, as correções serão mais duráveis, mais efetivas, mais facilmente executáveis e muito menos onerosas, quanto mais cedo forem executadas. A verificação do estado de uma obra atirantada abrange desde a coleta de elementos de projeto e construção, o exame minucioso da obra, a avaliação do estado da mesma, acompanhada, imprescindivelmente, de ensaios eletrônicos de auscultação não destrutivos e a decorrente elaboração de relatórios.


Acusado um defeito ou a falta de conformidade com quaisquer dos requisitos especificados em projeto, ou em condições pré-estabelecidas, medidas cabíveis devem ser tomadas (obras de manutenção, recuperação, reforço, etc). È fato que muito pouco se faz a respeito, apesar de todos os problemas que esse tipo de obra, quando interditada ou destruída, causa a sociedade. Não é exagero dizer que vidas estão em risco, pois grande parte das obras em áreas de risco tem hoje 20, 30, 40 anos, sem que nada fosse feito.


O primeiro passo foi dado a oito anos atrás pelos colegas da ABEF, agora é nosso dever como profissionais da área cobrar para que esse tipo de obra tenha a atenção que merece.


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17 maio 2010

Um pouco da história do DPT - Dynamic Pile Testing

Os ensaios dinâmicos se originaram há mais de 50 anos na Holanda, quando se controlava a eficiência do bate-estacas, especificamente em estacas pré-fabricadas mediante o cálculo da cravação em correlação com um determinado número de golpes. A informação buscada derivava da energia aplicada, considerando a resistência do solo no qual se trabalhava bem como a geometria da estaca. Assim, surgiu a idéia de utilizar tal método para determinar a resistência total de uma estaca a partir da energia que entrava e saía de certa seção. Nos anos 60, a Equação da Onda de Edward A.L. Smith possibilitou a teorização de tal fenômeno, até então puramente experimental.

Na primeira parte da década de 80, na Europa, nasciam as primeiras tentativas de ensaiar não somente estacas cravadas, mas também estacas escavadas e injetadas sem limite de dimensões. Confrontaram-se assim, na região, duas linhas de pensamento: a alemã e a francesa. A primeira partia das interfaces físico-mecânicas da interação estaca-solo e considerava quase exclusivamente a força aplicada. Já a segunda, partia do esquema idealizado por Smith e não utilizava somente parãmetros físico-mecànicos mas incluía os físico-elétricos nos quais se consideravam as frequências de vibração da estaca. Este último, bem mais complexo, permitia uma análise pormenorizada e trazia mais informações acerca da interação estaca-solo. Daí a origem do DPT, que apresenta os resultados desejados e correlatos com os métodos tradicionais.

Na Europa, são inúmeras as provas de correlação entre ensaios estáticos e o DPT. Até o momento, a variação máxima de resultados foi de 6%, considerando tanto o “Método Simplificado” – DPT 1 ou, como chamada pela NBR “tipo Case” - como a “Análise Numérica Rigorosa” – DPT 2 ou, como chamada pela NBR “tipo CAPWAP”. A empresa representada pela Cordec do Brasil tem mais de 300 trabalhos dessa natureza. Podemos mencionar estudos específicos desenvolvidos por universidades como Università di Bologna e Università Degli Studi di Napoli Frederico II (Itália), Teschische Universität Carolo-Wilhelmina Zu Braunschweig (Alemanha) e Université de Lausanne (Suíça). Em campo prático, foram realizados vários ensaios comparativos em canteiros de clientes. No Brasil, especificamente em um importante canteiro de obras da capital de São Paulo, foi feito um comparativo entre o DPT e o ensaio estático em estaca escavada de grande diâmetro. O trabalho foi acompanhado por importantes empresas de consultoria de fundações além do próprio executante. A variação de resultado foi de apenas 3%, o que corrobora a eficácia do método.


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12 maio 2010

Novo Blog CORDEC

Começa hoje, nosso novo blog. Ele será mais um canal de informações. Serão dicas e notícias semanais sobre engenharia civil, geotecnia, e tecnologia em geral.